Ministério da Saúde diz que não distribui doses vencidas de vacina contra Covid-19





O Ministério da Saúde se manifestou nas redes sociais após a denúncia de aplicação de doses vencidas da vacina de Oxford-Astrazeneca contra a Covid-19, negando a distribuição de imunizantes fora da data de validade.

O post diz que "o Ministério da Saúde não distribui doses de vacina contra a Covid-19 vencidas. Prazos de validade dos imunizantes são rigorosamente checados pelo Ministério. Os dados sobre aplicação de doses são inseridos pelos municípios no DataSUS".

O Ministério ressaltou que os gestores locais precisam estar atento aos prazos de validade e que eles devem comunicar caso haja algum lote próximo ao vencimento. A pasta disse ainda que não recebeu, até agora, informações do tipo dos municípios.

Segundo uma reportagem da Folha de S.Paulo na sexta-feira (2), mais de 26 mil doses da vacina da Astrazeneca vencidas teriam sido usadas em 1.532 municípios até 19 de junho.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) disse em nota que não recebeu pedido de análise de ampliação da validade do imunizante e que não é responsável pela aquisição e distribuição dos imunizantes, ressaltando que doses com prazo de validade expirados não têm garantia de eficácia e segurança.

O Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) disse que todos os casos estão sendo investigados e que não está descartado um erro no sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou, na sexta-feira (2), informações ao Ministério da Saúde e à Anvisa sobre a possibilidade de o prazo ter sido extrapolado. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz o imunizante da Astrazeneca no Brasil, afirma que esses lotes não foram produzidos no país. A Astrazeneca preferiu não se pronunciar.

O jornal fez a reportagem utilizando dados do sistema público DataSUS, onde todos as secretarias de saúde fazem o cadastro da vacina aplicada e o lote - único cadastro oficial para controle da vacinação. Prefeituras e estados alegam que pode ter havido erro no preenchimento desses dados.