Lidiane Leite é investigada por suposto desvio de verbas da educação, mas a defesa nega que a ex-prefeita tenha praticado os atos. Ela abriu várias polêmicas no Maranhão, uma delas pelo fato de não ter ido para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas e ter ficado quarto confortável com mordomias no Corpo de Bombeiros do Maranhão.
Pela decisão do juiz, Lidiane será monitorada por tornozeleira eletrônica e deverá comparecer, mensalmente,a juízo para informar e justificar suas atividades. Ela também ficará proibida de frequentar a Prefeitura de Bom Jardim e só poderá se ausentar de São Luís, onde decidiu fixar residência, mediante autorização judicial.
De acordo com Justiça, os advogados alegam que ela nunca coagiu testemunhas ou dificultou o trabalho investigativo da PF ou do Ministério Público, ressaltando que ela já foi afastada do cargo e, por isso, não tem como interferir ou impedir a coleta de possíveis provas.
“Entendo que, na atual situação, desnecessária a manutenção da segregação cautelar que recai contra a requerente”, conclui o juiz federal José Magno Moraes.
Nos bastidores, os advogados de Lidiane Leite já trabalham para reverter a cassação do mandato da ex-prefeita e, consequentemente, seu retorno à Prefeitura de Bom Jardim.
Entenda o caso
Quando estava no poder, Lidiane usou as redes sociais para ostentar uma rotina de luxo e badalações com dinheiro que – segundo a Polícia Federal – foi desviado dos cofres públicos. Em uma postagem, disse que tinha dinheiro sobrando.
Lidiane Leite ficou foragida 39 dias e virou notícia na imprensa internacional. O caso de desvios em Bom Jardim ganhou repercussão nacional após uma reportagem exibida no telejornal Bom Dia Brasil mostrando a precariedade das escolas no município. A TV Globo obteve com exclusividade acesso a documentos da investigação de supostos desvios de recursos públicos da merenda escolar e da reforma de escolas.
No dia 20 de agosto, foram cumpridos mandados de busca e apreensão e prisão de suspeitos por desvios de verbas da educação referentes à merenda escolar e à reforma de escolas. Lidiane Leite ficou foragida e, no dia 28 de setembro, resolveu se entregar à Polícia, justificando que esteve escondida em uma aldeia indígena, durante todo o tempo, o que foi negado, posteriormente, pelas lideranças indígenas.
Fonte: http://silviatereza.com.br