Em nota a prefeitura de Santa Inês diz que enrolar bebês em saco de lixo foi ato heróico

“Com a falência do sistema de saúde no Brasil e a total falta de apoio do governo estadual, que desde 1° de janeiro de 2013 não aportou um centavo para auxiliar o município de Santa Inês, médicos de plantão no Hospital Tomaz Martins fizeram parto de gravidez gemelar, onde um recém-nascido teve baixo peso e sofrimento neonatal, o que ensejou medidas médicas que tiveram que ser tomadas de forma heróica, já que existe uma grande deficiência em equipamentos e material na rede hospitalar pública, o que não é privilégio de Santa Inês quando de forma urgente e humanizada improvisou o aquecimento de um dos bebês em plástico para ser transferido para uma unidade de pediatria e neonatologia da capital. Os recém-nascidos estão bem, graças a essa medida heróica.

Vale ressaltar que o G1 publicou recentemente uma ação semelhante na Inglaterra (país de primeiro mundo). Lá salvaram um bebê aquecendo-o numa embalagem de sanduíche.

Um dado importante e que merece ser mencionado é que até 2012 a mortalidade em Santa Inês era de 31/1.000 nascimentos e em 2013 e 2014 foram de 14/1.000 nascimentos, enquanto a média nacional é de 17/1.000 nascimento. Todo esse esforço vem do modelo de gestão implantado em que a responsabilidade e a humanização do atendimento são prioridades. A crítica que, porventura, tenha advindo foi de cunho pessoal, político e irresponsável.

Esperamos que com o novo governo a secretaria de estado da saúde assuma a sua responsabilidade e assine os convênios pleiteados e que otimizarão o nosso atendimento.

Na Inglaterra foi um ato heróico, no interior do Maranhão, estado mais pobre da nação, é motivo de depreciação”.


Ana Josélia Gaioso Costa
Secretária Municipal de Saúde de Santa Inês