Além da disposição pessoal para o desafio e do prestígio do sobrenome Lobão na política maranhense, o candidato a governador pelo PMDB, senador Lobão Filho, tem um trunfo a mais na disputa eleitoral de outubro: com ele, deve se consolidar o apoio maciço das igrejas evangélicas ao candidato governista.
Pai do candidato, o ministro de Minas e Energia Edison Lobão tem relação estreita e histórica com as igrejas evangélicas, sobretudo as duas maiores – Assembleia de Deus e Universal do Reino de Deus.
Sem a presença da deputada Eliziane Gama (PPS) na disputa, esta aproximação com os evangélicos se consolida ainda mais.
Principalmente por que o suplente do próprio candidato no Senado é o pastor Heber Waldo Silva Costa, o Pastor Bel (PEN), um dos líderes da AD no Maranhão – e ele deve assumir mandato durante a campanha.
Pesa a favor de Lobão Filho também o fato de que os evangélicos têm forte rejeição ao chefe comunista Flávio Dino.
Tanto que Dino tenta atrair para sua chapa o vice-prefeito de Imperatriz, pastor Luiz Carlos Porto (PPS). Assim, tentaria conquistar os crentes.
O problema é que a aproximação com Porto abre fissuras na relação com o PDT, que já até escolheu o empresário Márcio Honaiser, de Balsas, para compor a chapa.
Mas esta é uma outra história…
por Marco Aurelio D'eça