Os maiores problemas estão no Norte e Nordeste. O Maranhão, por exemplo, tem um dos piores serviços de saneamento básico do país. Em 2010, 75,4% das residências maranhenses não contavam com rede coletora de esgoto. Em 2012, esse número saltou para 95,8% dos domicílios do estado. O relatório foi apresentado pelo IBGE no último mês.
O deputado Simplício Araújo (SDD/MA) considera os dados preocupantes. “É um cenário desolador. Mostra que os governos federal e estadual pouco tem feito para resolver um problema tão sério”, apontou.
As águas estão cada vez mais poluídas e muitas pessoas morrem por causa da contaminação. “Ou seja, é um problema que vem afetando a saúde dos brasileiros. É preciso priorizar os investimentos para o setor. Se a situação chegou a esse ponto, é porque pouco fizeram para avançar no tema”, ressaltou Simplício, ao cobrar medidas efetivas para mudar o triste quadro.
O Maranhão tem o pior índice na distribuição de médicos e também conta com um dos piores programas de saúde preventiva. A pesquisa do IBGE também constata que a falta se saneamento básico adequado submete, num grupo de cada 1000 habitantes, pelo menos 812 pessoas deste grupo a ter algum tipo de doença. “É o retrato de um governo incompetente, que não tem dado a devida atenção para a população do seu estado”, finalizou o deputado.
A região Sudeste tem os melhores índices. Os maiores problemas estão no Norte e Nordeste. Mas a precariedade não tem limites geográficos. O Centro-Oeste está na média nacional. Menos da metade da população tem coleta. No Sul, os números são piores. Apenas 36% dos moradores são atendidos com rede coletora. Santa Catarina tem a situação mais grave da região.
Reportagem: Letícia Bogéa