Trabalhadores escravos resgatados em São Luís prestavam serviço para o Governo do Estado

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e a polícia Federal , em ação de fiscalização coordenada pela procuradora Anya Gadelha, libertou na tarde desta segunda-feira (27), vinte e cinco trabalhadores vivendo em condições análogas à escravidão. Eles trabalhavam na construção do Arraial da Lagoa, onde ocorrerá a principal programação oficial de São João do governo do Estado.

Alojamento improvisado de trabalhadores no Arraial da Lagoa. Governo do estado patrocinava escravidão. Reprodução G1/MA
Alojamento improvisado de trabalhadores no Arraial da Lagoa. Governo do Estado patrocinava escravidão. Reprodução G1/MA
O Ministério Público do Trabalho responsabilizou o governo do estado pela condição de escravidão dos trabalhadores, a obra foi imediatamente embargada e a empresa contratada pelo governo do estado para a construção do arraial, a Carmel Construções, deverá responder formalmente pelo crime. 

Segundo o MPT, dentre os resgatados, estava um jovem de 17 anos. A situação dos tralhadores, oriundos do município de Penalva, era vexatória. Eles viviam há pelo menos duas semanas no próprio local da obra, sem contrato formal, dormindo no chão, sem água potável, banheiros ou equipamentos adequados para a realização do trabalho. “Eles foram encontrados, em uma situação equivalente à que a gente encontra nas operações em fazendas onde há exploração do trabalho escravo”, disse a procuradora Anya Gadelha ao Portal G1 Maranhão.

O Ministério Público do Trabalho convocou o Governo do Estado, através da Secretaria de Meio Ambiente, responsável pela administração da obra, a dar explicações. A audiência ocorrerá nesta quarta-feira (29). A empresa Carmel Construções e o São Luís Convention & Visitors Bureau, também foram intimados.


fonte: Maranhão da Gente