Sandy vai ser tempestade 'grande e poderosa', diz Obama aos EUA

Centro da tempestade deve chegar ao continente ainda nesta noite, disse

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (29) que o furacão Sandy vai ser uma tempestade "grande e poderosa" e apelou aos americanos que saiam de suas casas se forem orientados pelas autoridades locais.

Obama, que falou brevemente a jornalistas na Casa Branca, disse que o centro da tempestade deve chegar ao continente na Costa Leste em algum momento durante a noite desta segunda.

O presidente democrata afirmou que milhões de pessoas devem ser afetadas pela tempestade.

Ele ainda expressou confiança de que os serviços de emergência estão prontos para lidar com os preparativos para a chegada da tempestade e com a limpeza que será necessária nos próximos dias.

Obama fez o pronunciamento após receber um relatório detalhado de autoridades da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema) e do Centro Nacional de Furacões (NHC), e após falar por telefone com os governadores dos estados na rota de Sandy.

O presidente alertou disse que os transportes podem ficar parados "durante muito tempo" e que muitos americanos estarão sem eletricidade "vários dias", até que as condições estejam apropriadas para os reparos.

O presidente, que tenta a reeleição, cancelou eventos de campanha eleitoral no Wisconsin e na Flórida para permanecer na Casa Branca para monitorar a chegada de Sandy, que deve ser a maior tempestade já enfrentada pelo país e que já mudou a rotina de Nova York, transformando-a em uma cidade fantasma, com transportes parados e muitos moradores deixando suas casas.

Os EUA vão às urnas para a eleição presidencial em 6 de novembro, em uma campanha equilibrada na reta final.

Obama também já havia cancelado uma aparição no final do dia em Ohio, considerado o Estado indeciso mais crucial para definir o resultado das eleições.

Tentando demonstrar que havia aprendido as lições do fracassado manuseio de seu antecessor na Casa Branca, o republicano George W. Bush, diante do furacão Katrina em 2005, Obama tentou projetar a imagem de um presidente totalmente engajado no uso de recursos para lidar com uma emergência nacional iminente.

O rival republicano de Obama, Mitt Romney, também cancelou eventos de campanha na segunda e na terça, em solidariedade aos afetados.

Sua sede de campanha anunciou que vai distribuir bens essenciais para as vítimas potenciais.